quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Nus de Felipe Cama na Galeria Lunara - Deu na Contracapa de 10/11

  • Zero Hora
  • 10 de dezembro de 2008 | N° 15815

  • NUS DE CAMA

    Parece até piada pronta: sabe qual é o nome do autor das imagens espraiadas aí do lado? FELIPE CAMA. Pois é, o trabalho de Cama brinca com aquelas imagens pornográficas que circulam pela web na forma de spams e entopem nossas caixas de e-mail, especulando sobre como elas são produzidas e distribuídas e quem as consome.

    Em sua primeira individual na cidade, o porto-alegrense radicado em São Paulo vai mostrar a partir de amanhã, na Galeria Lunara da Usina do Gasômetro, três séries de trabalhos. A obra à esquerda é um dos dípticos de grande formato adesivados diretamente nas paredes da galeria, em que o artista faz comentários irônicos sobre a história da arte – no caso, Cama colocou um de Modigliani ao lado da foto de uma moça que na internet se diz chamar Tomosaki...

  • sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

    Galeria Lunara recebe Felipe Cama

    Em sua primeira individual em Porto Alegre, Felipe Cama apresenta três séries de trabalhos que tratam da natureza digital das fotografias que circulam pela internet.

    A pesquisa questiona as imagens pornográficas que circulam pela web na forma de spams e entopem nossas caixas de e-mail. Como elas são produzidas e distribuídas? Quem as consome? Estas são imagens digitais que, provavelmente, nunca serão materializadas na forma de papel e sal de prata. São como estudos de nu digitais, reduzidos à sua mais simples condição: seu próprio código binário.

    Nas obras da série Nu Binário, Felipe utiliza séries de fotografias pornográficas anônimas encontradas na internet e o próprio código binário delas para formar imagens lenticulares híbridas que nos fazem lembrar a condição digital destas fotografias.

    Em outra série, Felipe Cama expõe dípticos de grande formato adesivados diretamente nas paredes da galeria. Estas obras mostram pares de imagens semelhantes, ambas construídas a partir de fotos encontradas na internet. De um lado, uma foto de um nu clássico de Matisse, pintor modernista. Do outro, uma foto anônima, de uma mulher que "talvez" se chame Flávia. Ambas guardam grande semelhança pictórica. Outra obra desta série traz a analogia entre uma pintura de um nu de Modigliani e uma foto de uma moça que se diz chamar Tomosaki. Ambas foram extraídas do espaço virtual da web e, ao serem expostas lado a lado numa obra, atenuam a distância entre alta e baixa cultura, entre o sagrado (a arte consagrada) e o profano (a pornografia virtual).

    Por fim, a obra "Este Também Não É", faz referência a outra obra clássica do modernismo: "A Traição das Imagens", (1928/1929), de Magritte. Trata-se da famosa pintura de um cachimbo acompanhada do texto "Ceci n'est pas une pipe.", ou "Isto não é um cachimbo." Em "Este Também Não É", Felipe Cama expõe na galeria um display luminoso LED com o código binário da fotografia digital de um cachimbo encontrada na Internet. Assim como na obra de Magritte, o espectador não vê na parede da galeria um cachimbo, e sim sua representação, neste caso na forma de código binário. Ao lado do display luminoso, uma etiqueta informa: imagem do cachimbo pode ser vista através do site www.estetambemnaoe.art.br.

    Felipe Cama (1970) é gaúcho de Porto Alegre e vive e trabalha em São Paulo. Acaba de fazer uma exposição em Mumbai, India. Entre suas exposições estão individuais no Centro Cultural São Paulo (2007), no Museu de Arte de Ribeirão Preto (2006), no Museu de Arte de Blumenau (2006) e na Galeria Leme, em São Paulo (2005).


    FELIPE CAMA

    Abertura: dia 11 de dezembro, quinta-feira, a partir das 19:00.
    Período: de 12 de dezembro a 1º de março de 2009

    Horário de Visitação: de terças a domingos, das 9:00 às 21:00

    terça-feira, 2 de dezembro de 2008

    Ultimos dias para conhecer o trabalho de Beat Streuli

    Em Porto Alegre, Streuli segue, até domingo, dia 07, apresentando dois de seus mais recentes trabalhos, ambos feitos em Guanzhou, na China. Uma projeção fotográfica e um vídeo rodado em uma estação de trem serão exibidos na Galeria Lunara, formando um mosaico de rostos humanos reveladores das angústias, tormentas, esperanças e anseios da população que hoje mais cresce no planeta.

    visitação de terças a sextas-feiras, das 12 às 21 horas _ sábados e domingos das 09 às 21 horas.